segunda-feira, 29 de setembro de 2014


O estômago infantil é muito menor do que a imaginação dos pais. Enquanto um adulto tem a capacidade gástrica de 1300 ml, um bebê por volta de 1 ano tem apenas 250 ml no máximo. E tem mais! Quando somos bebês, até cerca de dois anos, temos a consciência exata da hora em que estamos saciados. Não comemos por gula, ansiedade, medo, frustração, alegria, paixão ou qualquer outra coisa. Comemos apenas porque estamos com fome!

É comum pais quererem que seus filhos comam em grandes quantidades, sem saber que isso é prejudicial para os pequenos. Respeitar o limite da criança é essencial para que cresçam com educação alimentar e saibam o momento exato da saciedade, sem ser necessário a demasia.

Faça o prato da criança com pequenas quantidades de comida, com alimentos variados e nutritivos. Tente colocar cores e fazer com que o prato seja atraente.

Não force a criança a comer tudo o que está no prato e não faça da hora da refeição um momento de briga.

Ovo na infância



O consumo de ovos é ainda um assunto polêmico e na alimentação das crianças ainda mais.

Sabemos hoje que o ovo é um alimento muito nutritivo e que não é tão vilão do colesterol. Rico em nutrientes antioxidantes como as vitaminas A, D, E, ferro, zinco e selênio, ele ainda carrega em sua composição gorduras saudáveis para o bom funcionamento do coração e das funções neurológicas, além de proteínas de alto valor biológico. Também pode ser considerado uma das principais fontes de colina, substância importante para a formação do sistema nervoso central de bebês e vital para a manutenção da boa memória.

Mas é necessário atenção com relação a oferta do ovo para crianças. Isso porque é um alimento que pode propagar um processo alérgico.

Pode ser oferecido a partir dos seis meses de idade. Primeiramente, deve-se oferecer a gema cozida juntamente com a papinha do bebê. É necessário repetir o processo mais duas vezes com três dias de espaçamento observando possíveis alterações. Aos 12 meses pode oferecer o ovo inteiro, mas repita o processo para verificar se há ou não alergia a clara do ovo.

É importante salientar que os ovos nunca podem ser oferecidos crus à criança em qualquer idade. A legislação recomenda o cozimento do ovo por 7 minutos após fervura para garantir a eliminação dos microrganismos presentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até a criança ter 6 meses. Depois dessa idade, o leite materno não contém mais, sozinho, todos os nutrientes de que o bebê precisa, por isso outros alimentos passam a ser necessários para complementar a dieta. Após este período (6 primeiros meses) o organismo da criança já está preparado para começar a receber outros tipos de alimentos. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados para otimizar a tolerância e reduzir alergias alimentares.

Cada alimento precisa ser introduzido aos poucos e de preferência um por vez. O bebê precisa de tempo para se acostumar aos novos gostos e à consistência dos alimentos. De início, pode ser que seu bebê não aprecie muito o sabor, mas vale a pena insistir para, aos poucos, ir educando o paladar da criança. Pode demorar até dez tentativas para ela aceitar a novidade. Além disso, a introdução gradual de diferentes alimentos possibilita que você identifique os sinais de uma possível reação alérgica, como a presença de diarreia, dores de barriga ou manifestações cutâneas.

Sendo assim, seguem algumas dicas para iniciar a alimentação complementar do bebê:

- A introdução deve ser lenta e gradual, pois tudo é novo para o bebê, desde o alimento, a colher, a consistência e o sabor.
- No início a quantidade de alimentos ingerida vai ser pequena, por isso a mãe pode oferecer o leite materno após a refeição com o novo alimento.
- Os alimentos devem ser introduzidos um de cada vez. De preferência aos alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos e ricos em nutrientes.
- Não esqueça que é fundamental rodiziar os alimentos, para que seu bebê tenha a oferta de nutrientes de todos os grupos alimentares.
- Ao contrário dos adultos os bebês não estão acostumados ao sal e ao açúcar e temperos. Por isso use-os com moderação, pois assim eles poderão reconhecer e apreciar o sabor dos alimentos.
- Experimente um alimento novo a cada dois ou três dias, começando com frutas e depois introduzindo também legumes e verduras, que são mais fáceis de digerir do que as carnes.

Vale lembrar que, ao iniciar a introdução de novos alimentos é importante que o bebê receba água nos intervalos.

Obesidade na infância



As altas taxas de prevalência de obesidade na infância vêm preocupando profissionais da área de saúde. Conceitualmente, a obesidade pode ser classificada como o acúmulo de tecido gorduroso, localizado em todo o corpo, causado por doenças genéticas, endócrino-metabólicas ou por alterações nutricionais. É uma enfermidade crônica que vem acompanhada de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura.

O excesso de peso na infância (até 10 anos) acontece geralmente por uma combinação de fatores, incluindo hábitos alimentares errôneos, propensão genética, estilo de vida familiar, condição socioeconômica, fatores psicológicos e etnia.

Um fato bastante importante dentro das causas da obesidade infantil é que mais de 95% desenvolvem obesidade por causa nutricional. Outro fator importante é o histórico familiar. Uma criança que os pais são obesos possui 80% de chances de desenvolver a obesidade. É certo afirmar que o risco da criança obesa tornar-se adulto obeso aumenta acentualmente com a idade, dentro da própria infância. Assim, quanto mais idade tem a criança obesa maior chance terá de se tornar um adulto obeso.

Os problemas causados pela obesidade em longo prazo são:

- Crescimento: idade óssea avançada, aumento da estatura, menarca precoce;
- Respiratórias: apneia de sono, infecções;
- Cardiovasculares: hipertensão arterial, hipertrofia cardíaca;
- Dermatológica: micose, estrias, lesões de pele como dermatites e piodermatites;
- Metabólicas: resistência à insulina, diabetes tipo 2; hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, esteatose hepática.
- Psicológica: discriminação, aceitação diminuída, isolamento, afastamento das atividades sociais.

Diante desta verdadeira "epidemia" de obesidade a que se assiste nos dias de hoje e frente ao fato de que o quadro da obesidade é extremamente complexo no que se diz respeito às suas repercussões nos diversos sistemas orgânicos, o tratamento deve ser instituído a partir do instante em que se diagnostica o problema. Não há lugar para adiamentos ou negligência ou ter a perspectiva de que o problema resolve por si só. As consequências das alterações metabólicas que ocorrem na obesidade infantil podem ser muito extensas e intensas, além de muito variadas, atingindo praticamente todos os sistemas orgânicos.

Procure acompanhamento nutricional.

Festas de aniversários com deliciosas mesas de doces, protagonista dos passeios no parque na forma de coloridos algodões-doces, recheados nas merendas ou espalhados pelas prateleiras do supermercado. Os açúcares, gordura hidrogenada e corantes estão sempre presentes na alimentação da criançada. 

Ao mesmo tempo em que dão prazer e arranca sorrisos até da criança mais emburrada, podem se transformar em verdadeiros pesadelos para os pais.

Considerado por muitos especialistas como o vilão da saúde, o açúcar em excesso na infância pode causar problemas como deficiência de vitaminas, hiperatividade, cárie e obesidade.

Outro vilão muito encontrado em alimentos infantis é a gordura hidrogenada. As empresas alimentícias elaboram essa gordura para melhorar a consistência e aumentar o tempo de conservação de produtos como margarinas, sorvetes, biscoitos, bolos, tortas, pães, salgadinhos e bombons. O problema é que ela é duplamente prejudicial: eleva os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue ao mesmo tempo em que diminui os de colesterol bom (HDL). Além disso, não é sintetizada pelo corpo, o que resulta na produção de gordura visceral, aquela que se acumula na região da cintura.

E os corantes encontrados nesses alimentos? Por serem substâncias estranhas ao organismo, o excesso de corante pode desencadear reações alérgicas, dificuldades respiratórias, irritações gástricas e até alguns problemas na pele.

O mais indicado é educar a criança a consumir alimentos na sua forma mais natural possível. A formação de hábitos alimentares se dá desde a gestação e até os dois anos, principalmente. Por isso os hábitos alimentares ensinados pelos pais determinarão a saúde na infância, na adolescência e na vida adulta. Escolha sempre a saúde!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Banana


A banana, o quarto alimento mais produzido no mundo e uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros, é a fruta preferida das crianças. E podemos agradecer por isso, pois é um alimento rico em nutrientes!

Um dos mais importantes nutrientes da banana é o potássio e as fibras. As bananas também são ricas em vitamina B6, vitamina C e vitamina B2.  Além disso, a banana é rica em triptofano que ajuda na formação de serotonina, proporcionando uma sensação de bem-estar.

Mas as qualidades dessa fruta não param por ai. A banana é um alimento prático, pois é só descascar e consumir, sendo uma "mão na roda" para mamães e papais em momentos com pouco tempo, assim, evitando os industrializados. Além de fácil de encontrar e possuir um preço acessível. 

E como consumi-la?

A banana é um alimento bem versátil, podendo ser consumidos pelos pequenos de várias formas, sendo ela in natura ou feita com alguma preparação como: amassada, vitamina, bolo, sobremesas, etc.

Meu filho não quer comer


"Olha, se você comer o arroz, a mamãe lhe dá um chocolate! Se não comer tudo, não vai brincar!" Quantos pais já não usaram ao menos uma destas frases na tentativa de verem seus filhos se alimentarem?"

É importante que as mães e os pais compreendam que o apetite da criança diminui após o primeiro ano de vida, por uma mudança normal de padrão. A criança normal triplica seu peso no primeiro ano de vida e aumenta apenas cerca de 10 a 20% de seu peso nos primeiros anos de vida depois do primeiro, porque, ao entrar no segundo ano de vida, o ritmo de crescimento da criança cai e, por consequência, sua necessidade de calorias diárias também. Isso se reflete na fome da criança.

O apetite dos pequenos varia muito, dependendo da constituição da criança, uma coisa pessoal e intransferível, que deve ser respeitada.

Há duas classificações para a falta de apetite infantil: a orgânica e a comportamental.

A orgânica ocorre porque a criança tem alguma doença infecciosa ou está com carência de nutrientes, como vitaminas e minerais. Num e noutro caso, os sintomas dessa criança normalmente são apatia, palidez, fraqueza, sonolência, entre outros.

A falta de apetite comportamental tem origem na dinâmica familiar e pode originar um ciclo vicioso, difícil de ser corrigido: a criança deixa de comer simplesmente porque quer chamar a atenção e acaba ganhando algum alimento de fácil aceitação, como uma bolacha recheada, mesmo estando no horário de uma refeição principal, como o almoço ou o jantar. Ao perceber que essa tática dá certo, a criança repete a atitude constantemente.

A criança precisa de espaço seguro, de tempo e liberdade para brincar, exercitar-se, para explorar e para divertir-se, para gastar energias e ter fome.


Para maiores orientações e planejamento alimentar, procure um nutricionista especializado.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Cuidado com o local que come!



A higiene é fundamental, para prevenir a grande quantidade de doenças que possam ser transmitidas através dos alimentos. Todos, com exceção do sal e da água, os alimentos são perecíveis, ou seja, são suscetíveis a alteração e deterioração com maior ou menor rapidez e o que pode causar alguma doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a higiene dos alimentos compreende "todas as medidas necessárias para garantir a inocuidade sanitária dos alimentos, mantendo as qualidades que lhes são próprias e com especial atenção para o conteúdo nutricional".

Quando falamos em crianças, o cuidado com a higiene alimentar é o dobro. Isso porque os pequenos possuem maior facilidade para contrair doenças gastrointestinais como: infecção e intoxicação alimentar.

Infecções transmitidas por alimentos são doenças que resultam na ingestão de alimentos contaminados com micro-organismos patogênicos. Diferentemente, as intoxicações alimentares ocorrem quando o indivíduo ingere alimentos que já possuem substâncias tóxicas produzidas por micro-organismos, como bactérias e fungos. As intoxicações alimentares também podem ocorrer pela presença de outras substâncias químicas nos alimentos.

Para evitar, segue algumas dicas:
  • Visitar apenas estabelecimentos licenciados, com bom nome e instalações limpas;
  • Lavar bem as mãos com sabão líquido, antes e depois das refeições;
  • Servir os alimentos frios ou crus em pratos diferentes dos alimentos quentes, para evitar contaminação cruzada;
  • Verificar o grau de frescura dos alimentos. Não consumir alimentos com um odor intenso.
  • É bom evitar os alimentos fritos, pois não se sabe se o óleo da fritura foi ou não reutilizado. 
  • Para temperar as saladas evitar molhos com maionese, margarina ou manteiga. 
  • Também se deve dar importância à variedade dos alimentos e às quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e outros nutrientes.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Lancheira Saudável


Seu filho entrou na escola e você não sabe o que colocar na lancheira?

Aqui vão algumas dicas!!
  • Quanto mais completo for o lanche da criança, mais qualidade terá a sua alimentação;
  • É preciso que nela tenham alimentos construtores, reguladores e energéticos;
  • Os alimentos construtores são os leites e derivados, requeijão, manteiga, presunto, peito de peru;
  • Os alimentos reguladores são as diversas frutas e sucos;
  • Os alimentos energéticos são os pães, bolachas, barrinha de cereal, bolos caseiros, entre outros.
  • Faça o lanche conter pelo menos dois tipos de carboidratos, sendo um deles 1 Porção de Fruta e 1 Cereal, um tipo de Proteína e insira a fonte de gordura saudável também se possível;
  • Inclua alimentos feitos em casa, e alimentos industrializados saudáveis com menor teor de gorduras, açúcares, sódio, corantes e conservantes;
  • Faça compras semanalmente e utilize sempre alimentos frescos;
  • A mamãe precisa analisar a textura do alimento em relação à faixa etária da criança. Não adianta colocar um alimento muito duro ou grande para uma criança muito pequena, pois ela pode se engasgar;
  • E não esqueça de enviar sempre uma garrafa térmica com água mineral fresca.

Atenção: a utilização de lancheiras térmicas ajuda a conservar o alimento por mais tempo.

Para líquidos, utilizar garrafas térmicas. Outro cuidado é com a forma de embalar os lanches. Os alimentos nunca devem ter contato direto com a lancheira. Devem ficar dentro de potes ou enrolados em papel filme, alumínio ou mesmo em guardanapos.


Alerta para o material da lancheira que deve ser de fácil higienização diária.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Você sabe o que está comendo?


Você sabe o que está colocando no prato do seu filho quando consome produtos industrializados, processados e/ou embutidos?

Devido a sua praticidade, esses produtos ocupam uma parcela cada vez maior no mercado de alimentos, principalmente na área infantil.

Para tornar estes alimentos mais vistosos, práticos e duráveis, os fabricantes usam algumas dezenas de aditivos químicos. Os mais comuns são os corantes, aromatizantes, conservantes, antioxidantes, estabilizantes e acidulantes. São eles os responsáveis por dar sabor, cheiro e aspecto naturais aos alimentos industrializados, além de maior durabilidade. Os embutidos e os enlatados como os hambúrgueres, defumados e salsichas possuem também alto índice de sódio em sua composição.

E qual a relação desses ingredientes com a saúde?

Alimentos industrializados não fazem bem em qualquer idade, algo que se torna ainda mais preocupante quando pensamos na alimentação de uma criança. Entre os mais consumidos estão o macarrão instantâneo, açúcar refinado, suco de frutas artificiais, danoninho, refrigerantes, sorvetes, salgadinhos e embutidos.

Cerca de 60% das crianças e adolescentes obesos apresentam hipertensão e dislipidemia, aumento das taxas de gordura no sangue, uma das principais causas de doenças coronarianas. E não é apenas isso, pois uma alimentação assim também prejudica o crescimento, promove carência de vitaminas e minerais, desencadeia processos alérgicos e também causa o desenvolvimento de diabetes, cânceres, acidente vascular cerebral, e muitas outras doenças crônicas não transmissíveis.